domingo, 27 de janeiro de 2008

Um ano depois

Caríssimos visitantes: acreditem ou não, há exatamente 365 dias atrás, entrava no ar o “Eu Não Sei Fazer Poesia”, esta porcaria que vossas senhorias estão lendo nesse exato instante. Para quem imaginava que largaria tudo um ou dois meses depois do início do “projeto”, completar um ano de existência é uma conquista e tanto. Afinal de contas, entre erros e acertos, aprendi muita coisa nova que levarei adiante em minha vida.

Analisando os fatos, posso afirmar com convicção que foi uma ótima idéia a de criar esta espelunca. Não digo isso em função de meu suposto “talento” literário, pelo contrário: acho que eu deveria ter vergonha (como de fato tenho), de muitas das coisas que eu publiquei aqui. O que me motiva a dizer que a experiência foi válida, são outros fatores, muito mais valiosos.

Entre as vantagens que constatei, destaco a criação de uma via de escape interessante para minhas frustrações pessoais. Sabe aquele momento em que você não tem absolutamente nada pra fazer? Pois é... Apesar de terem sido raros os momentos em que tive a oportunidade de me classificar como um cara “sem nada para fazer”, pude tirar proveito dessas ocasiões de uma forma mais vantajosa do que meramente ficar sentado em casa vendo TV ou coçando o saco (perdão pelo palavreado chulo, senhoras). Além disso, sempre que me vejo “puto” com alguma coisa ao meu redor, procuro tirar o foco de meu problema e transferi-lo para a criação de alguma história cretina. Por vezes isso me ajudou bastante.

Mas sem dúvidas, o mais importante nessa brincadeira foram as amizades que fiz e que fortaleci graças ao blog. Não parece, mas ter um espaço para escrever serviu como uma luva para me reaproximar de velhos conhecidos que só se manifestavam eventualmente. Além disso, os novos visitantes que passaram a manter contato também são outros dos presentes que recebi. Pessoas que mesmo sem me conhecer direito passaram a me dedicar atenção e carinho.

Eu andei pensando em bolar alguma coisa especial, algo que servisse simbolicamente para representar a postagem de um ano. As idéias, no entanto, foram bem menos originais do que eu supunha. No fim das contas, cheguei à conclusão de que iria fazer um áudio, uma espécie de podcast onde eu agradeceria a todos os meus visitantes “pessoalmente”. Cheguei a gravar e a editar o conteúdo inclusive... Mas sabe quando você faz alguma coisa que sente que não ficou legal? Quer dizer: isso sempre acontece quando eu termino de escrever um texto, mas dessa vez a sensação foi forte demais. Sendo assim, acabei de decidir que vou poupar-lhes de ouvir minha voz naquela porcaria que gravei. Quem sabe daqui a algum tempo eu faça um negócio mais caprichado. Por hora é melhor eu ficar quieto, só escrevendo.

Para não dizer que a data passou em branco, resovi fazer um cabeçalho novo para o blog, como vocês devem ter percebido. Pra variar, achei que ficou ruim. Mas como eu gastei horas e mais horas no Photoshop, resolvi ser cara de pau o bastante pra prosseguir com a baixaria. Seja o que Deus quiser.

É isso pessoal: peço perdão por não ter conseguido bolar nada mais original do que isso, mas definitivamente não sou o melhor cara do mundo para pensar nesse tipo de coisa! Apenas gostaria de agradecer, e muito, o carinho e as palavras de apoio que vocês gentilmente me dedicaram nesse ano. Sem dúvida nenhuma, é graças ao seu apoio caro leitor, que eu continuo destruindo o bom senso literário e a concordância lingüística aqui nesta espelunca. Não me atreverei a citar nomes com medo de esquecer de alguém e cometer alguma injustiça. De qualquer forma, tenho certeza que você (é, você mesmo) sabe do valor que teve para mim e para a continuidade deste blog. Sendo assim, sinta-se formalmente homenageado por este charlatão.

A todos vocês o meu humilde, porém sincero, muito obrigado.

Beijos no cérebro!

Até mais!