sábado, 3 de março de 2007

Balanço 2

E finalmente cheguei a mais de um mês de blog. Parece exagero, mas duvidava da hipótese. Achava (como disse em meu primeiro texto) que a empolgação logo terminaria e eu seria consumido por uma preguiça descomunal. Me enganei. Nestes dias descobri como pode ser gostoso escrever coisas cretinas, e como pode ser mais gostoso ainda saber que existem pessoas que lêem isso e acham legal.

Sempre disse que o blog seria uma terapia. Uma forma eficiente de tornar minhas horas vagas mais lucrativas. O que eu sinceramente não esperava era que iria me empolgar tanto. Já perdi a conta das vezes em que me vi distraído bolando alguma baboseira, alguma história qualquer, ou lendo algo interessante e pensando: “Poxa... isso daria uma ótima postagem!”.

O mais gratificante dessa brincadeira, sem dúvidas, é o carinho dos amigos que visitam esse espaço. Amigos não, fãs fervorosos. Refis as contas com a ajuda de um programinha indicado por uma “amiga” minha. O software indica quantas pessoas acessaram ao blog. Fiquei surpreso. Em apenas um dia de funcionamento, o tal programa registrou nada mais do que 15 visitas. Muito mais do que eu sequer pensava conseguir em todo o tempo de funcionamento deste “sitio”.

Na verdade, conversando com amigos, já previa que tinha tido uns 30 visitantes desde a estréia do espaço. Tirei a prova. Só contei com aquelas pessoas que citaram algum trecho do que estava escrito, ou que riram da minha cara em função de alguma merda que eu possivelmente tenha escrito. Isso fora, é claro, os recados que alguns corajosos deixaram no fim das postagens. Descobri que meu público é parecido comigo: corajoso a ponto de passar quase todo dia pra fazer uma visita, e tímido o bastante para preferir não deixar um comentário. Normal. No entanto, sempre tem alguém que deixa sua marca, o que, admito, faz um bem danado pro ego da gente. Até mesmo um “anônimo” mandou um comentário simpático me aconselhando a investir mais em um estilo de texto. Adorei a sugestão. O que me assusta é que o tal “anônimo” pelo visto conhece meu passado negro, já que me chamou de crânio (meu antigo apelido de colégio).

Levando-se em conta tudo isso, devo dizer que realmente sou um fenômeno. Um exemplo vivo de talento, carisma, humor refinado, inteligência e, acima de tudo, humildade.

Nenhuma editora me procurou ainda. Devem estar receosos pela quantia que vou pedir para assinar o contrato de trabalho. A Academia Brasileira de Letras também não entrou em contato comigo até agora. Um desprestígio ciumento e vergonhoso a um jovem talento da literatura como eu.

E que fique claro: não pretendo me comparar a Shakespeare, por exemplo. Sou bem mais magro, e possuo muito mais cabelo que esse senhor. Qualquer comparação seria infundada.

Piadinhas cretinas a parte, respondo aos meus amigos que tem me atormentado a paciência diariamente perguntando quando vou fazer a próxima atualização, que a situação está complicada. A faculdade e o trabalho tem ocupado um tempo precioso da minha vida. Toda brechinha que encontrar na agenda certamente será usada para por esse negócio em dia. Portanto, preparem-se para semanas (meses talvez) de vacas magras. Eu sei que é quase impossível suportar a ausência de minha refinada literatura, mas peço que façam um esforço.

È isso. Abraços efusivos a toda a trupe de amigos que me brindam com sua presença.

Passar bem.