quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Mundo pequeno

Me lembro que disse certa vez aqui nesta espelunca que Deus tinha um senso de humor bastante peculiar. O que eu não esperava era que ele levasse a piada a sério e demonstrasse como eu de fato estava certo.

Recebi ontem à tarde um comentário de um leitor deste Blog chamado Paulo Moreira Neto. Até aí, tudo bem. O problema é que este gentil senhor é homônimo (eu seja, tem exatamente o mesmo nome) de um dos personagens que citei em uma de minhas histórias datada de abril, chamada “O Beijo”. Até aí, tudo bem também. O problema é que eu atribuí um apelido não muito ortodoxo para o personagem “xará” deste leitor: Zorba. Educadamente, ele me pediu para esclarecer que o Paulo da crônica não é ele, já que sua esposa não está acreditando que o personagem em questão não tem nada a ver com a sua pessoa.

Ok, vamos por partes:

Lembro que a idéia desta “crônica” me surgiu ao acaso. Tinha lido algumas matérias na internet falando sobre o famigerado “dia do beijo”, data comemorativa que tinha acontecido durante aquela semana. Para não perder o embalo, resolvi redigir alguma crônica sacana que aproveitasse o gancho da data.

A história é fictícia. E quem já leu este blog algumas vezes sabe que eu tenho fetiche narrativo por casais discutindo, o que de certa forma justifica o formato da crônica. Todos os textos marcados com a palavra chave “desventuras” tem personagens falsos que foram criados pela mente doentia deste aprendiz de blogueiro que vos fala. Ou seja: o Paulo Moreira Neto em questão foi apenas uma coincidência. Aliás, nem sei bem o porquê da escolha do nome. Foi a primeira idéia que me surgiu. Não costumo perder muito tempo pensando neste tipo de detalhe. Aprendi que é melhor repensar esta conduta. Na próxima vou checar no Google!

Algumas das histórias foram sim inspiradas em alguma situação que presenciei, mas nesses casos, sempre faço questão de mudar o nome dos personagens envolvidos. Queimar o filme de alguém que eu conheço (e de quem eu nunca ouvi falar), é a última coisa que eu quero.

Quem ler a história vai sacar que nas circunstâncias da narrativa, só conseguiria ter um efeito cômico (sim, eu tento fazer humor) se conseguisse causar algum tipo de impacto ao atribuir um apelido para o personagem Paulo. Zorba foi o que me veio à mente.

Esse, aliás, era o pseudônimo de um amigo de um amigo meu. Zorba. Ficava me perguntando o que leva um sujeito a ser chamado assim. Admito que nunca quis descobrir.

O fato é que é um nome inusitado, diferente... engraçado. E a crônica até que ficou bacana. E olha que eu não gosto da maioria das coisas que coloco aqui.

Trocando em miúdos: tudo não passou de uma grande, e se me permite dizer Paulo, engraçada coincidência. Quem diria que eu conseguiria achar um Paulo Moreira Neto dando sopa por aí. Esse mundo é realmente do tamanho de um ovo.

Enfim: faço votos de um bom fim de ano pra você e pra sua esposa. E me desculpe por qualquer possível inconveniente.

É isso pessoal.

Um beijo no cérebro de quem por ventura passar por aqui.

Até breve!